Saúde

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    Hoje, em 05 de fevereiro, é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. A data tem o intuito de conscientizar a população para a importância da realização dos exames de mama. A neoplasia de mama representa a segunda maior incidência em mulheres de todas as regiões do país, atrás somente de tumores de pele não melanoma.    De acordo com Relatório Anual de Câncer de Mama, divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer do Ministério de Saúde, para o triênio de 2023-2025 foram estimados mais de 73,6 mil casos novos na população feminina, o que representa uma taxa ajustada de 41,89 casos por 100 mil mulheres.   Dentro do SUS, no ano de 2022, foram realizadas mais de 4,2 milhões de mamografias, entre aquelas de rastreamento e com finalidade diagnóstica. Este total quando decomposto, teve na região Sudeste a sua maior concentração, com quase 50% de todos os exames realizados no país. Já a região Norte realizou apenas 150 mil mamografias, seguido por 214 mil no Centro-Oeste, no mesmo período. Ou seja, as duas últimas regiões não tiveram dentro dos seus territórios nem mesmo 9% dos exames do país, mesmo possuindo mais de 16,5% da população brasileira, segundo o Censo de 2022. Nesse sentido, é importante destacar a desigualdade de acesso aos serviços dos SUS pela população das distintas regiões.   Ainda, ao olhar os dados dos últimos 5 anos, o volume de exames realizados teve redução significativa no ano de 2020, causado pelo impacto da pandemia. No entanto, nos dois anos seguintes à pandemia, o quantitativo de mamografias ainda não voltou a se equiparar com os dados de 2019, em algumas regiões do país como o Nordeste, Sudeste e Sul. Apenas o Centro-Oeste e Norte já ultrapassaram a quantidade de exames de 2019, regiões estas com menor volume de exames de todas as regiões do país, conforme demonstrado anteriormente.   Outros dados que merecem destaque são aqueles voltados para as desigualdades sociais quando se analisa a proporção de mamografias por faixa de rendimento, entre mulheres de 50 a 69 anos, grupo etário com recomendação para o exame de rastreio, a cada dois anos.    Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo IBGE, a proporção de realização de mamografia entre as mulheres, de 50 a 69 anos,  com rendimento domiciliar per capita acima de cinco salários mínimos foi quase o dobro da observada em mulheres na faixa sem rendimento ou até ¼ do salário mínimo.    Tal de disparidade de acesso a exames de rastreamento ainda é observada segundo o nível de escolaridade e cor ou raça. A cobertura variou de 49% entre as mulheres sem instrução e com escolaridade fundamental incompleta a 77,8% naquelas com nível superior completo. O menor acesso de mulheres sem escolaridade à mamografia ocorreu na Região Norte.   Assim sendo, as ações de controle do câncer de mama devem ser monitoradas e avaliadas, de forma contínua, a fim de se identificar os avanços e também as dificuldades e limites a serem superados na linha de cuidado com a população feminina brasileira. No entanto, ações de melhoramento de acesso para as mulheres em situação econômica, educacional, regional e outras diferentes, faz-se de extrema necessidade.  
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    Dia Nacional da Mamografia